viernes, 4 de marzo de 2011

Nel mezzo del camin

Uma das minhas paixões em arquitetura é o mezanino, uma espécie de piso intermediário, usado para pessoas ou, como antigamente, para cargas. Trata-se do espaço entre o térreo e o primeiro andar.
Sua estrutura, geralmente, é de ferro, madeira ou aço, e pode ser desmontável.
O interessante no Código de Obras e Edificações é que o mezanino não é contado no total da área, embora seu principal objetivo seja aumentar os espaços e, cá para nós, é um grande trunfo. E um charme.
Eu adoraria ter um mezanino em casa. Seria certamente minha biblioteca, ou um escritório. Quem sabe... a sala de jantar? São tantas as possibilidades que um mezanino traz, que eu não conseguiria decidir com facilidade.

Olha só como ele duplica a área do escritório!!!





E traz uma elegânica à casa...





Neste, temos um home office.






Linda biblioteca no mezanino. A chaise guarda a escada. Bela composição. É da casa do apresentador e jornalista Zeca Camargo.



Na casinha simples e rústica... aconchego certo.





Moderno e fofíssimo! O mezanino avança na sala.





Aqui, o mezanino compõe o quarto num estilão rústico. Ficou lindo!





Aliás, o poema do Bilac, escritor brasileiro da segunda metade do século XIX, um dos maiores parnasianos do mundo:

Nel mezzo del camin...

Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada
E triste, e triste e fatigado eu vinha.
Tinhas a alma de sonhos povoada,
E a alma de sonhos povoada eu tinha...
E paramos de súbito na estrada
Da vida: longos anos, presa à minha
A tua mão, a vista deslumbrada
Tive da luz que teu olhar continha.
Hoje, segues de novo... Na partida
Nem o pranto os teus olhos umedece,
Nem te comove a dor da despedida.
E eu, solitário, volto a face, e tremo,
Vendo o teu vulto que desaparece
Na extrema curva do caminho extremo.
(Poesias, Sarças de fogo, 1888.)





Besos, besos

Flavinha


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Revista Estilo

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